Se na véspera haviam faltado R$ 0,05, nesta quarta-feira (15) faltaram apenas R$ 0,03 para o dólar voltar ao nível inferior a R$ 6. Mas não foi desta vez. A moeda americana chegou a recuar a R$ 6,011 na mínima do dia, mas fechou em R$ 6,024, recuo de 0,36% em relação à véspera.
É a menor cotação desde 12 de dezembro de 2024, quando o dólar estava cotado a R$ 6,009. Dados de inflação nos Estados Unidos apresentados nesta quarta-feira voltaram a favorecer as moedas de países emergentes como o Brasil.
Os núcleos do índice de preços ao consumidor vieram abaixo do esperado pelo mercado, com maior possibilidade de afrouxamento monetário — juro básico menos elevado — a ser realizado pelo Federal Reserve (Fed, Banco Central do EUA). Cortes têm potencial de atrair investidores para o Brasil por aumentar o abismo que já existe entre a taxa nacional e a americana.
No cenário doméstico, também ajudaram para baixa do dólar falas do secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, que disse que o resultado primário de 2024 deve ficar mais próximo de déficit zero do que do limite inferior da banda, de R$ 28,8 bilhões. O dado oficial será divulgado em duas semanas.
*Colaborou João Pedro Cecchini