Nesta sexta-feira (28), entrou em operação comercial a térmica Pampa Sul, em Candiota, na região da Campanha. Abastecida a carvão, a usina é resultado de investimento de R$ 2 bilhões da franco-belga Engie. A unidade foi viabilizada em leilão de energia em novembro de 2014, antes de o Grupo Engie anunciar sua estratégia global de sair da geração a carvão.
As obras começaram em junho de 2015, ano em que a multinacional tomou a decisão de não investir mais nesse combustível fóssil. Conforme o grupo, a venda dessa unidade, assim com o complexo Jorge Lacerda, em Capivari de Baixo (SC), estão com processos de venda “em andamento”.
Seguindo uma estratégia global, em 2015, a Engie anunciou a saída de todos os seus ativos de geração a carvão. No Brasil, fechou a usina de Charqueadas. Durante a operação a usina vai empregar diretamente cem pessoas e cerca de outros cem colaboradores com dedicação exclusiva, destaca o diretor de Geração da Engie Brasil Energia, José Laydner.
Em decorrência do atraso nas obras de reforço do sistema de transmissão (que equivale ao transporte) de energia no Estado, previsto no Lote A, abandonado por um investidor chinês, a Pampa Sul enfrentará restrições para colocar a energia gerada no sistema. Laydner avalia que será possível operar a pleno na maior parte do tempo. Mas admite que, "em alguns períodos", será preciso operar com metade da capacidade. Acrescenta que, com menor frequência, possa ser preciso desligar totalmente a termelétrica, por não ser possível operar de forma contínua com menos da metade da carga.