Ameaçada de perder a concessão, a CEEE-D, braço de distribuição do grupo, voltou a apresentar números que colocam em dúvida a sua viabilidade. O prejuízo da companhia chegou a R$ 989,3 milhões, aumento de 1.030% em relação ao ano anterior.
O Ebitda, indicador que mostra a geração de caixa da companhia, também ficou no vermelho. Foram R$ 353,6 milhões negativos, ante um resultado no azul em 2017 de R$ 72,7 milhões. Mesmo longe de ser suficiente para cobrir custos e encargos, a receita bruta cresceu. Chegou a R$ 5,89 bilhões, alta de 13,8%.
O prejuízo da CEEE-D em 2018, ressalta o relatório da empresa, foi turbinado por fatores não recorrentes relacionados a reconhecimento de benefício fiscal de registro de repasse da área onde fica a sede do grupo, que era da CEEE-GT. Ou seja, questões extraordinárias. Livre destes efeitos, o resultado negativo teria crescido 42,6%, aponta o relatório anual da companhia.
Mais saudável, a CEEE-GT, que atua dos negócios de geração e distribuição de energia, ficou no positivo, mas com resultado inferior a 2017. Teve lucro líquido de R$ 173,3 milhões, queda de 56,1%. O Ebitda recuou 35,2%, para R$ 238,2 milhões. A receita bruta chegou a R$ 1,18 bilhão, avanço de 1,2%.
Em meio a outro resultado ruim da distribuidora, o Piratini tenta obter da Assembleia autorização para privatizar o grupo sem necessidade de plebiscito, assim como Sulgás e Companhia Riograndense de Mineração (CRM).