Grêmio, Inter, Caxias e Juventude fizeram reclamações formais da arbitragem no Campeonato Gaúcho. São procedentes? Acho que não. É uma prática antiga e sem resultado? Certamente. É uma tentativa de condicionar a arbitragem? Parece que sim.
Mas o que é condicionar a arbitragem? É supor que o árbitro vai errar no jogo seguinte para agradar o reclamante? Seguimos sem debater a qualidade ou a profissionalização dos árbitros. Estamos indo do nada a lugar algum.
O Grêmio reclamou da Federação Gaúcha de Futebol (FGF), o Inter exibiu lances com supostos erros de Anderson Daronco. Caxias e Juventude reclamaram de lances nos jogos das semifinais do campeonato. Minha contestação é sobre o foco da reclamação.
Reclamar do lance polêmico quando o clube se vê prejudicado é muito fácil. Insinuar ser algo de propósito é leviano demais. Também vejo problemas na arbitragem, mas muito mais na condução dos jogos do que no lance capital. Precisamos falar sobre o estilo do árbitro, do preparo do profissional e principalmente do aspecto disciplinar da arbitragem. É isso que tranca os jogos e deixa as partidas menos vistosas, por vezes monótonas. Mas, infelizmente, os clubes não pensam na melhora. Reclamar e jogar para a torcida é mais cômodo.
Os árbitros escalados nos dois jogos em Caxias do Sul não são os melhores do nosso quadro. Longe disso. Questiono, inclusive, o critério de escolha adotado pelo presidente da Comissão de Arbitragem, Leandro Vuaden. Os melhores deveriam estar em campo. Nem Anderson Daronco, Rafael Klein ou Jean Pierre foram escalados. Jonatan Pinheiro também ficou de fora.
É hora de evoluirmos e pensarmos em melhorar a arbitragem, o futebol e não apensar jogar ao vento pelo próprio interesse.