O Grêmio precisa rechear o elenco com novas peças visando os desafios que virão pela frente depois do Gauchão. A régua vai subir com Brasileirão e Copa do Brasil. Está muito claro que os dirigentes gremistas, na reformulação do elenco feita na virada da temporada, com muitas contratações, conseguiram formar um bom time. João Pedro, Pepê, Carballo, Cristaldo, Vina e Luis Suárez foram escolhas que mudaram a fotografia do time cheio de deficiências em 2022.
Mas, agora, quando surgem lesões e suspensões, Renato Portaluppi fica em uma sinuca de bico. Contra o Caxias, no Centenário, as opções para alterar a equipe se mostraram insuficientes. Com a ausência de Diego Souza, não havia um centroavante de carteirinha no banco.
Por isso, o Tricolor buscou o atacante André Henrique, vindo do Hercílio Luz, que marcou quatro gols em 14 jogos. Claramente é uma aposta com todos os riscos. Tendo apenas 21 anos, o guri chega a Porto Alegre para construir a sua história. Com gana para mostrar serviço.
Óbvio que não empolga o torcedor. A expectativa é sempre por nomes consagrados ou que passaram por grandes clubes. Mas pode dar boa resposta. Merece um voto de confiança, e terá de mostrar serviço.
Sem querer grenalizar, é possível fazer uma comparação quando o Inter trouxe Alexandre Alemão, após o Gauchão do ano passado. Foi um acerto. Bom custo benefício. É preciso também dar oportunidades a jogadores que despontam em clubes menores.
O presidente Alberto Guerra já deixou claro que o Grêmio não tem recursos para fazer contratações de atletas caros. A opção do Tricolor será na garimpagem de jogadores jovens ou na escolha por outros de custo menor. Até porque, nem sempre a contratação de um medalhão é sinônimo de sucesso.