Muitas pessoas falam que o desempenho do Inter bateu no teto no Brasileirão. Fazendo uma avaliação mais profunda, qual é realmente esse limite? Penso que a briga pela taça é algo fora de cogitação para o Colorado. Mas acredito que esse elenco que Diego Aguirre tem à disposição pode entregar mais. O Atlético-MG está com o título encaminhado. Talvez somente o Flamengo, talvez o Palmeiras, ainda possam ameaçar a conquista do Galo, após 50 anos de jejum.
Pelo cenário, apesar dos tropeços em casa para Bragantino e Corinthians, com a soma de dois pontos em seis disputados, ainda é possível a equipe colorada brigar até o final por uma vaga direta na Libertadores. Até porque o G-4 será ampliado para mais vagas com o desempenhos dos ponteiros da tabela, que ainda disputam as Copas. Para isso acontecer, o Inter precisa corrigir um problema crônico e que irrita demais o torcedor.
Quando abre a vantagem no marcador, o time de Aguirre recua. Cede o campo para o adversário, toma pressão e entrega o resultado. Fica só especulando. Não há o ímpeto de querer logo definir a partida. Recuando, demonstra ao rival que é possível mudar a situação. Claro que pode se discutir também o grupo colorado. O limite de qualidade é visível em comparação com as outras equipes que brigam no campeonato.
As peças de reposição que o técnico uruguaio pode utilizar não mantém o nível de atuação na ausência dos titulares. Para 2022, isso terá de mudar, se quiser algo mais na temporada. Todos nós já sabemos das dificuldades financeiras do Inter para grandes investimentos. Será preciso criatividade para qualificar o grupo e deixar de ser apenas um coadjuvante nas competições.