A escolha errada de Miguel Ángel Ramírez para ser o treinador no lugar de Abel Braga e o fraco desempenho da equipe na temporada - com perda do Gauchão para o Grêmio e as eliminações prematuras na Libertadores e Copa do Brasil - custaram a saída do vice-presidente de futebol João Patrício Herrmann. O dirigente alegou desgaste para pedir afastamento do futebol colorado. O caldeirão interno está fervendo. A pressão política era muito grande para ocorrer alguma mudança.
Mas fica uma questão importante: será que agora todos os problemas do Inter serão resolvidos, apenas mudando o dirigente do vestiário? Vale lembrar que a responsabilidade do projeto de futebol, implementado pela administração Alessandro Barcellos, após a tensa eleição do ano passado, é de todo o Conselho de Gestão eleito pelo associado.
Personificar o desempenho ruim apenas na figura de João Patrício é uma injustiça. Aliás, o dirigente sempre se notabilizou por posicionamentos fortes. Colocou a cara para bater na hora de explicar os fracassos de campo. Apenas trocar o vice de futebol, não vai resolver todas as coisas como em um passe de mágica. Ainda ficam algumas questões.
Qual é a parcela do executivo de futebol Paulo Bracks no momento ruim do Colorado? É bom o trabalho do diretor no departamento? Diego Aguirre e os atletas precisam também ser cobrados pela fase atual. Todos os atletas do grupo está focado? Se alguém não estiver em sintonia, que peça para sair.