Todo mundo saudou a oportunidade que Diego Aguirre teria uma semana para trabalhar com os atletas, algo raro até agora na temporada. Agora sim, o treinador uruguaio teria tempo para organizar a casa. Mas pelo desempenho fraquíssimo visto em campo, não adiantou absolutamente nada. O Inter piorou. Guerrero foi a surpresa para encarar o Cuiabá. Voltando de lesão e sem ritmo de jogo, o peruano nada fez e foi substituído no intervalo por Vinicius Mello.
O desempenho da equipe de Aguirre foi ruim durante todos os mais de 90 minutos. Burocrático, sem força e com criatividade zero. Nunca conseguiu se impor ao Cuiabá. O goleiro Walter não foi ameaçado. Pouco inspirado, Taison decepcionou. Ainda não conseguiu ser o fator de desequilíbrio que se espera. Mas é preciso dar o desconto que a parceria também não tem ajudado. Ninguém é salvador da pátria por decreto. Rodrigo Dourado e Edenilson estiveram apáticos no jogo.
O retrato da bagunça do Colorado foi a inexplicável expulsão do lateral-esquerdo Moisés. Dois cartões amarelos por reclamação. O azar da noite de sábado (31) foi a lesão muscular de Mauricio.
Nas incursões ofensivas, o Cuiabá, com todas as suas limitações, esteve mais perto de marcar. Daniel fez boas defesas para impedir o pior. No resumo da ópera, está escancarado que falta alma para a equipe colorada. Na segunda página da tabela de classificação, apenas a 14ª colocação com 15 pontos e um aproveitamento de 35,7%, a pressão vai aumentar.
Com fracassos retumbantes na Copa do Brasil e na Libertadores, a paciência do torcedor já se esgotou há tempos. A crise só não é mais forte porque o Grêmio está em situação ainda pior no campeonato. E uma certeza é que o Inter será apenas um mero figurante no Brasileirão, sem maiores pretensões.