O Grêmio anunciou, na tarde desta segunda-feira (30), a rescisão de contrato com Maicon. Só que a saída não aconteceu da melhor forma. Fica uma impressão ruim de uma ruptura sem planejamento. Ocorre em um momento de grave crise técnica do Tricolor, afundado no Z-4 do Brasileirão. Também não há como relacionar a despedida prematura - que estava projetada para dezembro - como a gota d'água pela forma em que o camisa 8 foi expulso na derrota para o Corinthians.
Não se discute a grande contribuição de Maicon na história do Grêmio. Todas homenagens que sejam feitas para o ex-capitão serão mais do que merecidas. Atleta de rara técnica e liderança superior, ele mudou o jeito do Tricolor de jogar, sempre marcado pela força em detrimento do futebol elegante.
A relação de Maicon com o clube começou em 2015, quando veio do São Paulo. Foram 248 jogos e 15 gols marcados. Títulos importantes conquistados: Copa do Brasil, Libertadores da América e Recopa Sul-Americana, estão no currículo.
Além disso, Maicon foi protagonista em Gre-Nais. Rivalizando com D'Alessandro em muitos clássicos, alimentou uma idolatria por parte do torcedor gremista. Perdeu apenas duas vezes em 19 enfrentamentos. Uma certeza é que o legado de Maicon, dominando a bola no meio-campo como se estivesse vestindo um terno, ficará para sempre na memória de quem gosta de futebol bem jogado. Talvez tenha faltado uma despedida à altura. Quem sabe, o futuro não reserva um retorno ao Grêmio fora de campo?