Não foi novidade a saída de Tiago Nunes do Grêmio. Ele já havia sido fritado publicamente pelos dirigentes gremistas, após a derrota para o Juventude, na última quarta-feira (30), no Alfredo Jaconi. Era questão de tempo. A nova péssima atuação contra o Atlético-GO foi a gota d´água para a queda. A campanha do Tricolor é vexatória na competição. Uma campanha lamentável de dois pontos em 21 disputados. Desempenho claro de time que se encaminha a passos largos para a série B.
E não dá para se enganar com a situação de que ainda há dois jogos atrasados contra Flamengo e Cuiabá. Cortina de fumaça. Fica a questão. A culpa é apenas do treinador afastado? Penso que o vice de futebol, Marcos Herrmann, deveria sair junto. A entrevista coletiva do dirigente após a nova derrota indicou que o Grêmio está completamente perdido. Não há convicção de nada.
Óbvio que algumas decisões de Tiago Nunes não foram corretas e contribuíram para a demissão. Vamos enumerar. Depois de uma sequência de maus resultados, a única alternativa para tentar mudar o cenário foi a colocação de Jean Pyerre para iniciar como titular. O treinador perdeu uma grande oportunidade de fazer uma limpa na escalação da equipe, não colocando em campo jogadores que já cansam de não dar resposta. Diogo Barbosa é um exemplo. Comprometeu bisonhamente no lance do gol marcado pelo Atlético-GO. Não ataca e não defende.
Qual é o problema de colocar Guilherme Guedes, que nem no banco fica? Matheus Henrique vem jogando muito pouco há tempos Já deveria ter sido sacado do time, também pelo ato recente de indisciplina. Ontem bateu boca com Kannemann em campo. Por que Vanderson não pode titular no lugar de Rafinha? Escalação no carteiraço.
Por que o treinador recorreu a Alisson para mudar o cenário neste domingo (4) sem ritmo de jogo, depois de uma longa parada para resolver a situação? Faltou Tiago Nunes peitar o que estava errado. A crise está estabelecida. Agora todos os indícios apontam que Luiz Felipe Scolari é o nome escolhido internamente para começar uma cirurgia profunda. Tem cacife para chegar e botar o pé na porta do vestiário. Acabar com a zona de conforto de alguns atletas, que está estabelecida dentro do clube.