O Grêmio chegará na 10ª rodada do Brasileirão com o segundo técnico em três meses e sem ter vencido nos sete primeiros jogos do campeonato nacional. A diretoria optou pela troca no comando neste domingo (4), depois da derrota por 1 a 0 para o Atlético-GO, na Arena. O vice-presidente de futebol, Marcos Herrmann, comunicou o "comum acordo" pela saída de Tiago Nunes e justificou a decisão.
— Quando assumimos o Grêmio tivemos estabilidade. Ganhamos 12 dos primeiros 13. Viemos ao título e depois houve o surto de covid-19. Caímos bruscamente de produção. Depois dos 10 dias de isolamento e outros 10 dias de recuperação começamos a melhorar em campo. No entanto, caiu de novo a qualidade, apesar do muito empenho nos últimos dois jogos — justificou o dirigente.
O segundo surto de coronavírus de 2021 acometeu o clube depois da conquista do Gauchão. Os exames foram divulgados ao final de maio. O mês de junho começou com a última vitória, sobre o Brasiliense, pela Copa do Brasil, e não venceu no Brasileirão. Herrmann repetiu que o trabalho da comissão técnica era considerado bom pelos dirigentes, assim como o nível do plantel de jogadores e a entrega deles em campo. Na visão dele, faltam apenas os resultados.
— Nosso grupo é bom, ele vai conseguir melhores resultados, talvez com um novo modelo, mas tenho certeza que seguir trabalhando vai nos levar aos resultados — argumentou.
O dirigente diz que prefere não discutir nomes de técnicos pretendidos antes de um debate interno, mas não descartou o retorno de Felipão ou Renato Portaluppi. Ambos tem o perfil de profissional "identificado com o clube" que é agora buscado pela gestão, segundo Herrmann.
— Renato é um ícone do clube. Todos sabemos disso e temos um apreço por ele, uma amizade. Também não sabemos se ele quer voltar agora. Não vou discutir nomes abertamente, porque temos que discutir entre nós para aí fazermos convites para quem achamos que vai nos ajudar a dar a volta por cima — disse o vice-presidente, elogiando o trabalho do ex-técnico demitido em abril:
— Somos o único time gaúcho que ganhou dois troféus este ano.
Antes da entrevista do dirigente, Tiago Nunes agradeceu ao clube e à torcida. O gaúcho de Santa Maria comandou a equipe em 16 jogos e conquistou o Gauchão, e deixa o cargo declarando torcida ao Tricolor:
— Infelizmente os resultados não vieram mais. De maneira geral quero deixar o agradecimento ao torcedor pela acolhida. Desejar sorte, pois mesmo à distância seguimos na torcida pelo sucesso deste grandioso clube. E pelo sucesso das grandes pessoas que trabalham aqui. Tomara que as coisas possam melhorar em um curto espaço de tempo. O Grêmio é muito grande e com certeza vai passar dessa fase ruim que está passando — disse o agora ex-técnico.