Foi o Grêmio dos últimos sete jogos. Ou seja, sem fato novo, com mais uma jornada modesta e, pela manifestação da direção na quarta-feira (30), em Caxias do Sul, com mudanças no comando numa semana de Gre-Nal. A derrota para o Atlético-GO afundou ainda mais o time numa crise profunda, que deve custar o cargo de Tiago Nunes. São dois pontos em 21, 10% de aproveitamento e a lanterna por mais uma rodada.
Tiago Nunes manteve praticamente o mesmo time e recebeu as mesmas repostas de um junho que foi de sombras. Jean Pyerre foi o eleito como grande artífice de uma mudança que elevasse o nível técnico. Só que ele manteve a produção baixa, carimbou apenas algumas jogadas, deu passes laterais e nada mais. Foi o jogador sem sal desde que retornou ao grupo, para o confronto contra o Del Valle. Muito pouco para dar cor a um time sem qualquer brilho.
O problema, é claro, não foi apenas Jean Pyerre. Seu baixo rendimento é fruto de um time que vem desajustado há algum tempo. O Grêmio padece de processos coletivos, de mecânica e de conceito de jogo estabelecido. Tiago Nunes não conseguiu implantar sua ideia. Assim, o time afunda a cada jogo numa espiral negativa. Houve sinais de reação, assim como em Caxias, apenas nos primeiros 15 minutos de cada tempo. Só que esse ímpeto não se sustenta. Para completar, Tiago ainda fez escolhas erradas para mudar ao cenário da partida.
Alisson é um nome que provoca calafrios na torcida. Mas foi ele o chamado para entrar no lugar de Ferreirinha no segundo tempo. Darlan e Vanderson, clamados pela torcida, só entraram aos 40 do segundo tempo. Diogo Barbosa, envolvido no lance do gol, saiu para a entrada de Léo Chú, numa medida que fez o Grêmio ficar com cinco atacantes. Um desespero e um sinal de desajuste. Para completar, encontrou um rival muito bem treinado, com cada jogador cumprindo sua função e com mecânica azeitada. Assim, o que pareceria loucura até um tempo, é realidade. O Atlético-GO ganhou na Arena. Merecidamente.