Chegou a hora de Tiago Nunes pensar na sequência do seu trabalho no Grêmio. O treinador pode ter certeza que, se ele não conseguir recolocar o time no prumo, a culpa vai recair sobre seus ombros. Por mais, que os atletas também sejam responsáveis pelo momento ruim. Infelizmente, o rito é sempre o mesmo.
Primeiro, os dirigentes afirmam que confiam no trabalho. Se não vier o resultado, entregam a cabeça do técnico em uma bandeja, como se isso fosse a solução mágica. É inevitável, Tiago Nunes tomar algumas medidas que possam desagradar o vestiário, barrando quem não vem dando resposta.
Há uma questão que é consenso. Por mais que esteja em um período de transição, o time gremista está jogando pouco futebol. Muito abaixo que o tamanho do clube. É inexplicável fazer dois pontos em cinco partidas no Brasileirão.
O campo tem mostrado questões importantes. Por dificuldades na marcação, a defesa está exposta. Geromel e Kannemann têm sofrido no combate direto com os atacantes adversários. O meio-campo não tem criatividade. Sem a figura do armador, o setor padece. Jean Pyerre, o único no grupo gremista que pode executar a função, terá que ser recuperado pelo treinador.
E o ataque tem pecado nas finalizações. Ferreira ainda precisa calibrar a pontaria. Tiago Nunes terá que botar a mão na massa no Tricolor. Seguir apostando em nomes como Brenno e Victor Bobsin. Encontrar espaço para jogadores que podem crescer como Vanderson, Guilherme Guedes, Ruan e Fernando Henrique. Não recorrer a jogadores cascudos, que não dão resposta. E tirar do time, quem não está rendendo. Independente do contracheque. Decisões difíceis. Mas necessárias.