O 2 a 2 aos 50min foi amostra da insistência e do aguerrimento dos jogadores. Mas não pode mascarar a coleção de problemas do Inter e o sinal de alerta que precisa ser ligado.
Roger ainda está à procura de uma equipe. O que precisa ser o primeiro ponto a ser buscado. Estamos em agosto e o Inter não tem um lateral-direito. Neste domingo (11), começou com um zagueiro e terminou com um volante ali.
Rogel chegou no começo da semana, treinou e, domingo, estava em campo. Gabriel Carvalho, apenas 16 anos, foi alçado a centro técnico do time. Ricardo Mathias, 17, estreou como profissional sendo a solução mágica no final da partida.
Tudo isso acima resume o quadro do Inter em pleno agosto e com a sombra do Z-4 nos calcanhares. O que desenha um cenário de preocupação.
O torcedor, esgotado com as decepções em sequência e desiludido pelo ano que vê escoar pelo ralo, é claro, vaia, cobra e só eleva a pressão.
O ponto é que, em agosto, há um time sendo remontado. A defesa é toda nova. O mais longevo é Robert Renan. O torcedor expulsou Renê do time, mas Bernabei só acrescentou mais transpiração ao lugar.
O meio se escora em Rômulo, de muita energia, mas pouca precisão no passe. Bruno Henrique, é nítido, sente fisicamente os jogos. A soma desses problemas repercute em um ataque de baixa produção.
Há um Enner Valencia a ser explorado, com toda sua potência, mas falta um time capaz de acioná-lo em sua melhor versão, atacando o espaço, recebendo na frente, para que parta em direção ao gol.
Neste domingo, depois de 70 dias, o Inter voltou a fazer dois gols em um jogo. A última vez foi contra o Tomayapo. Pelo Brasileirão, foi apenas a segunda vez. A outra havia sido na estreia.
São 12 jogos sem ganhar, dois meses. A última vitória foi no Gre-Nal. Desde lá, são cinco pontos em 24. O estado de alerta precisa, sim, ser ligado.