Há um corre-corre de última hora nos bastidores do poder americano. A cinco dias da posse de Donald Trump, a administração Joe Biden, que deixa a Casa Branca na próxima segunda-feira (20) assume ações concretas para consolidar um legado.
Uma das decisões foi anunciada na terça-feira: a retirada de Cuba da lista de países que patrocinam o terrorismo. Conforme texto divulgado pelo governo dos Estados Unidos, Cuba não forneceu apoio ao terrorismo internacional nos últimos seis meses e não indicativos de que apoiaria atos desse tipo no futuro.
Tudo indica que a medida será revertida por Trump assim que assumir - ele já o fez em 2021, no fim de seu mandato, em um revés à atitude anterior de Barack Obama, que, assim como Biden, havia retirado Cuba da listagem.
Outra corrida contra o tempo diz respeito ao Oriente Médio. O governo Biden anunciou, como em ocasiões anteriores, que um acordo entre Israel e o grupo terrorista Hamas estaria muito perto. Não há documento novo, e os termos de qualquer acerto seriam os mesmos que a atual gestão americana apresentara alguns meses atrás: um cessar-fogo em etapas, que prevê a libertação dos reféns e dos corpos de israelenses sequestrados em troca da soltura de prisioneiros palestinos.
Israel vinha rejeitando a proposta, principalmente devido à rejeição do grupo de extrema-direita que integra a coalizão do governo Benjamin Netanyahu.
O governo Biden chegou a dizer, entretanto, que um acordo seria iminente e que pode ser anunciado até fim da semana.
Caso se confirme o acerto, o papel de "padrinho" do acordo será disputado entre o atual presidente americano e seu sucessor, que também despachou para o Oriente Médio funcionários de seu futuro governo.
Se o fim das hostilidades for anunciado até segunda, na hora da posse, será mérito de Biden. Horas depois, será de Trump.