O Inter começa na noite desta quarta-feira (24) a colocar um ponto final no ano de 2016. A partir das 19h30min, o Conselho Deliberativo começa a julgar a denúncia da Comissão Especial sobre as irregularidades cometidas por dirigentes da gestão 2015/2016. Foram apontados como responsáveis por atos de gestão temerária ou irregular, conforme o enquadramento da Lei do Profut, o ex-presidente Vitorio Piffero, o ex-vice-presidente e de finanças, Pedro Affatato, o ex-vice de patrimônio, Emídio Ferreira, e o ex-vice de administração, Alexandre Limeira.
O documento de 83 páginas produzido depois de 11 meses de trabalho apontou 14 fatos. Em seis deles, foram detectadas irregularidades _ como dois deles tratam de adiantamentos no caixa do clube, acabaram agregados em um só para efeito de votação. Nem todos os dirigentes estão denunciados nos mesmos fatos. Piffero, Affatato e Emídio estão enquadrados juntos em dois tópicos. Affatato está denunciado sozinho em outro. O quarto tópico tem Limeira como único envolvido.
Para tornar a sessão mais objetiva e restrita à votação, o presidente do Conselho Deliberativo, Sérgio Juchem, determinou o uso de uma cédula _ ela será nominal a cada um dos 349 conselheiros. Na cédula, primeiro haverá a pergunta se a denúncia se configura ato de gestão temerária ou irregular. Depois, o conselheiro poderá apontar como culpado os denunciados de forma individual.
Será a primeira vez que o Conselho atuará como órgão julgador _ algo contemplado com a adesão á Lei do Profut. na abertura da sessão, o presidente da Comissão Especial, Ubaldo Flores, terá 30 minutos para explicar a denúncia. Depois, cada um dos quatro dirigentes contará com 30 minutos para fazer suas defesas. Em seguida, haverá a votação. A previsão é de que o resultado da sessão, que será histórica na vida do Inter, saia pouco antes da meia-noite.
A reivindicação feita por Piffero, da presença da imprensa na sessão, não foi atendida. Assim com a transmissão do julgamento pelas mídias oficiais do clube. O ex-presidente também pediu acesso a documentos usados na elaboração da denúncia e amis 15 dias de prazo. Ambos pedidos foram indeferidos.
Caso sejam condenados pelos conselheiros, os quatro dirigentes ficarão impedidos de assumir qualquer cargo em entidades esportivas por até 10 anos.