O ministro das Comunicações do governo Bolsonaro, Fábio Faria, falou nesta quarta-feira (6) sobre como o Brasil está se organizando para vacinar a população contra o coronavírus. Em entrevista ao programa Timeline, da Rádio Gaúcha, Faria afirmou que o presidente Jair Bolsonaro não é contra a vacina, mas sim contra a obrigatoriedade de imunização.
Segundo ele, o governo está disposto a fornecer vacinas para todos os brasileiros assim que houver registro ou autorização por parte da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
— O presidente fala em ação. Serão 222 milhões de doses, só da Astrazeneca. O presidente disse que qualquer uma (vacina) que tiver o registro, vai comprar no dia seguinte. O que o presidente bate e vai continuar batendo é contra a obrigatoriedade de se vacinar. E quando ele fala isso, as pessoas pensam que ele é contra a vacina. Ele acha que a pessoa tem que ter a liberdade de escolha — salientou.
O ministro das Comunicações também explicou, na entrevista, que não pretende tomar a vacina assim que ela estiver disponível no Brasil. Segundo ele, porque está com anticorpos contra a doença, já que já contraiu o coronavírus recentemente.
— Eu não vou tomar vacina porque não preciso. Meu IgG tá lá em cima. Tem gente que quer tomar e que está precisando muito mais, os médicos que estão na linha de frente, os idosos, que estão em asilos — explicou, completando que depois quando não tiver mais anticorpos aí poderá pensar novamente no assunto.
Na conversa, Fábio Faria afirmou ter certeza que o ministro Pazuello "está trabalhando 24 horas por dia para resolver o tema". E disse ainda que o Brasil tem "seringas de sobra" para dar início à imunização.
— Fiquem tranquilos. Quem quiser ser vacinado, vai ser vacinado. O Brasil vai fazer um grande programa de vacinação. Logo — assegurou.