Uma reunião na manhã desta sexta-feira (3) definirá quais serão os próximos passos a serem adotados pela prefeitura de Porto Alegre diante de um preocupante cenário de aumento da ocupação de leitos de UTI por conta do novo coronavírus. Na quinta-feira (2), a Capital registrou seu centésimo óbito pela doença e, conforme informou o repórter Paulo Egídio, o prefeito Nelson Marchezan segue atento à possibilidade de ampliar a restrições para frear o avanço da pandemia.
O encontro desta sexta terá a presença de integrantes do Comitê de Enfrentamento ao Coronavírus, instituído pelo Paço Municipal. Participam, entre outros integrantes, o secretário da Saúde, Pablo Stürmer; o secretário extraordinário de Enfrentamento ao Coronavírus, Bruno Miragem; gestores das áreas de mobilidade e desenvolvimento econômico, além do próprio prefeito, claro.
Nos bastidores, há quem aposte que Porto Alegre não conseguirá chegar ao fim da pandemia sem adotar o lockdown, modelo em que há fechamento completo das atividades e já experimentado por outras cidades brasileiras.
Por aqui, a principal preocupação do prefeito Marchezan se refere à ocupação dos leitos e a demanda que segue crescente, mesmo depois das medidas mais duras de isolamento. Se o ritmo se mantiver, a cidade atingirá uma espécia de "colapso" na rede hospitalar, já que todas as vagas de UTI - em hospitais da rede pública e privada - estariam preenchidas. Neste caso, a preocupação não é somente com pacientes de covid, já que qualquer cidadão que precisasse de atendimento enfrentaria dificuldade por ausência de vagas na UTI.
O prefeito, como já havia ressaltado o repórter Paulo Egídio em GaúchaZH, rechaça qualquer possibilidade de afrouxamento das regras, que atualmente não permitem abertura de bares ou restaurantes, por exemplo. Aulas seguem suspensas e os shoppings com atividades essenciais somente. Entre as novas medidas em estudo, está a possibilidade de limitar em supermercados a presença para um integrante da família, apenas.
A discussão desta sexta-feira deve implicar, também, a edição de um novo decreto municipal, em caso de confirmação de medidas mais restritivas por decisão das autoridades.