Desde o início de 2023, a coluna deu a largada a uma série de dicas de leitura, sugeridas por quem entende do assunto - autores, jornalistas, roteiristas e professores gaúchos. Já passaram por aqui nomes como Martha Medeiros, Letícia Wierzchowski, Fabrício Carpinejar e Jefferson Tenório (veja a lista completa já publicada em GZH ao final do texto). Agora, é a vez de mais três craques indicarem títulos: Daniel Galera, Carol Bensimon e Carlos Gerbase. Boa leitura!
Dica do Galera
Paulista radicado em Porto Alegre, Daniel Galera é autor de "Barba Ensopada de Sangue" - vencedor do prestigiado Prêmio São Paulo e um dos livros mais aclamados da literatura brasileira contemporânea. Confere a dica dele:
“Publicado originalmente em 1992 e só agora no Brasil, "Filho de Jesus" é uma pérola de Denis Johnson, um escritor pouco badalado, porém extraordinário, da literatura estadunidense. O tema dos contos é barra pesada, mas a prosa magistral de Johnson nos entrega humor, empatia, fascínio pelo humano."
Dica da Carol
A escritora Carol Bensimon, que venceu o Prêmio Jabuti com o livro "O Clube dos Jardineiros de Fumaça" e, em 2022, lançou outro sucesso de vendas - "Diorama", inspirado no assassinato de José Antonio Daudt, em 1988, em Porto Alegre. Aí vai a sugestão de leitura dela:
“Mariana Enriquez faz parte da nova safra de autoras latino-americanas que exploram o terror. O livro "Nossa parte de noite" (editora Intrínseca) é um tijolão impossível de largar, que mistura ditadura militar argentina, um médium, rituais horrendos e rock psicodélico.”
Dica do Gerbase
Aí vai a indicação de leitura do escritor, músico e cineasta gaúcho Carlos Gerbase, que também é colunista de GZH e um dos grandes nomes da indústria criativa do Rio Grande do Sul:
"O livro 'O homem que fumava dois cigarros de uma só vez', de Celso Dias, tem apenas 75 páginas, que abrigam 13 contos curtos. É, portanto, um livro ideal para ler na praia, entre um mergulho e uma sesta. Contudo, não se engane. Cada história é um breve passeio pela alma humana, em seus momentos mais solares e mais sombrios. O conto Um leve defeito merece estar na antologia dos melhores contos de veraneio de todos os tempos.”
