Neste início de 2023, a coluna apresenta uma série de dicas de leitura para as férias, sugeridas por quem entende do assunto - autores, jornalistas, roteiristas e professores gaúchos. A seguir, confira mais três sugestões de craques da literatura gaúcha - Martha Medeiros, Letícia Wierzchowski e Arthur de Faria - e corre para a livraria. Ah, se quiser ver as dicas de Fabrício Carpinejar, Cintia Moscovich e Luís Augusto Fischer, clica aqui. Com um time desses, não tem erro!
Dica da Martha Medeiros
A indicação a seguir vem dela: Martha Medeiros, nossa maior cronista, colunista de ZH e autora de best-sellers inesquecíveis. Confere:
"Indico o livro "João Maria Matilde" (editora Autêntica Contemporânea), da mineira Marcela Dantés. Uma mulher de 40 anos, filha de pai desconhecido, recebe um telefonema avisando que ele morreu e que ela deve estar presente na leitura do testamento. De repente, ele ganha um nome e uma nacionalidade. Ela embarca para Portugal a fim de descobrir quem foi esse homem e quem é ela mesma. Livro delicado e muito bem escrito."
Dica da Letícia Wierzchowski
Autora do best seller "A Casa das Sete Mulheres" e uma das nossas mais talentosas e admiradas escritoras, Letícia Wierzchowski dá o recado:
“A minha dica de leitura é um clássico de Saramago. "Memorial do Convento" (editora Companhia das Letras) vem me acompanhando nas fugidas para a praia, e é um livro delicioso e encantador, que mistura fatos históricos - a construção de um grande convento em Mafra, Portugal - com personagens fascinantes da ficção de Saramago. Um livro para ler sublinhando, um manancial de belezas."
Dica do Arthur de Faria
O escritor Arthur de Faria é autor do imperdível "Porto Alegre: Uma Biografia Musical" (se não leu ainda, leia!). Confere a sugestão dele:
"Minha dica é "A Estrada Enluarada e outras histórias", do Ambrose Bierce (Arquipélago Editorial). Tem E.T. invisível que nem no filme do Predador, tem desaparecimento para outras dimensões, tem robôs com inteligência artificial. Tudo isso na segunda metade do século 19! E tem também contos de fantasmas bem no clima da época. Tudo escrito com aquela verve brilhante do cara, em um livro muito bem editado e traduzido pelo Rodrigo Breunig. Recomendo enfaticamente."