Vencedora do Prêmio Jabuti em 2018, com O Clube dos Jardineiros de Fumaça, a escritora gaúcha Carol Bensimon vem aí com mais um livro que promete dar o que falar.
Com lançamento previsto para o fim de agosto, em Porto Alegre, Diorama (Companhia das Letras, 288 páginas) tem como pano de fundo um dos crimes mais rumorosos da história do Rio Grande do Sul: o assassinato do deputado e radialista José Antonio Daudt, em 1988, na Capital.
— Eu tinha seis anos na época (em que ocorreu o caso Daudt) e cresci não muito longe do local onde ele vivia. Não tenho lembranças do crime em si, mas sempre foi tema muito comentado, então decidi ficcionalizar essa história. Trabalhei quatro anos nisso, entre pesquisa e escrita — conta Carol.
O enredo é narrado pela protagonista Cecília Matzenbacher, cuja vida foi diretamente afetada pela morte de Daudt, e envolve segredos, mágoas, cicatrizes que não fecham e preconceitos. Já adulta, trabalhando como taxidermista em um museu de história natural nos Estados Unidos, ela relembra o passado, marcado pelo crime brutal que assombrou sua família. Trata-se de um misto de coming of age (gênero que retrata o amadurecimento de um personagem) e romance policial.
Radicada em Mendocino, na costa norte da Califórnia (EUA), Carol virá a Porto Alegre para a primeira sessão de autógrafos da obra, no próximo dia 30 de agosto, às 19h, na Livraria Taverna (Rua dos Andradas, 736). Na ocasião, também haverá um bate-papo sobre o livro, entre a escritora e o jornalista Carlos André Moreira.