As contas do governo do Rio Grande do Sul seguem no azul. Conforme relatório publicado no Diário Oficial do Estado, os primeiros oito meses de 2022 terminaram com superávit de R$ 4,3 bilhões. O valor é um pouco abaixo dos R$ 4,6 bilhões registrados até junho.
O desempenho deve-se, entre outros fatores, à verba extra da venda da Sulgás (R$ 955 milhões), aos efeitos da inflação na arrecadação (em alta até julho) e à adesão ao regime de recuperação fiscal, que alterou a forma como as parcelas da dívida são contabilizadas (agora, só entram na conta os valores efetivamente pagos).
Projeções
As despesas tendem a crescer até dezembro, devido a compromissos como o 13º salário e ao impacto da revisão geral de 6% paga aos servidores. Já as receitas devem cair, mesmo com o dinheiro da venda da CEEE-G (R$ 928 milhões). O principal motivo é o impacto da redução do ICMS.
Jogando tudo na balança, a tendência é de que as contas permaneçam no azul no fim do ano, mas com superávit acumulado menor. Hoje, projeções indicam que o resultado orçamentário deverá ser positivo em cerca de R$ 2 bilhões.