Doutor em Biologia de Fungos pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), o biólogo gaúcho Marcelo Sulzbacher participou de uma expedição no sul da Bahia que acaba de virar filme. Realizado pelo Instituto Ori, com financiamento do Banco Mundial e apoio do governo baiano, o curta-metragem Invisíveis da Mata mostra uma aventura científica e gastronômica na floresta.
Durante quatro dias, em novembro de 2021, o grupo composto por especialistas, chefs de cozinha, acadêmicos, indígenas e produtores locais adentrou o Parque Estadual da Serra do Conduru em busca de uma riqueza natural ainda pouco explorada e conhecida: cogumelos silvestres e leveduras selvagens comestíveis, passíveis de domesticação para produção e comercialização.
— Fui para lá sem saber o que iria encontrar e foi um trabalho incrível, sobre um mundo que ainda é ignorado pela maioria das pessoas — diz Sulzbacher, que fez mestrado em Ciência do Solo na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).
Com 35 minutos de duração, o curta contou ainda com nomes como Caco Marinho (presidente do Instituto Ori), Luiz Zaga (chef de cozinha e sócio fundador da Glamp Cogumelo), José Bezerra (professor há mais de 50 anos, mestre e doutor pela Universidade da Flórida), Nara Oliveira (mestre e doutora em Ecologia e Conservação da Biodiversidade), Coaracy (indígena Tupinambá da aldeia de Olivença), Leonardo Andrade e Fernando Goldenstein (fundadores da Cia dos Fermentados e Fermentare Escola de Fermentação), e pesquisadores baianos especialistas no reino fungi.
Para assistir ao documentário, que estreou no início deste mês, basta acessar o canal do Instituto Ori no YouTube.
Atenção
Nunca é demais repetir: jamais coma cogumelos silvestres sem o aval de um especialista. Um mesmo gênero pode ter espécies comestíveis e tóxicas. Nesse caso, conhecimento é fundamental.