O jornalista Caio Cigana colabora com a colunista Juliana Bublitz, titular deste espaço
O Fórum Brasileiro da Segurança Pública (FBSP) divulgou ontem a 16ª edição de seu anuário. É um vasto e detalhado levantamento de dados sobre criminalidade, violência e temas ligados à área de segurança no país. As informações, relativas ao ano passado, também são divididas por unidades da federação.
Um dos recortes do Anuário Brasileiro de Segurança Pública trata de armas de fogo, assunto sempre controverso. O governo Jair Bolsonaro, como é amplamente sabido, vem incentivando a população a se armar, com a flexibilização das exigências para posse e porte.
O Rio Grande do Sul não é o Estado com maior número de novas licenças, mas lidera o ranking de registros ativos de armas de fogo no país na categoria "cidadão", conforme os dados do Sistema Nacional de Armas (Sinarm), da Polícia Federal. No total, os gaúchos aparecem em terceiro, quando são incluídas as estatísticas de empresas de segurança privada, servidores públicos (porte por prerrogativa de função), empresas e companhias com segurança própria, entre outras grupos.
Mas, na categoria "cidadão", o Estado, aparece bem à frente (ver quadro abaixo). São 109,3 mil registros ativos, um crescimento 27% sobre 2020. Em seguida aparecem Minas Gerais (84,5 mil) e Santa Catarina (75,2 mil).
Além da Polícia Federal, o Exército também tem a contabilidade de armas, mas das forças de segurança pública, de militares e de caçadores, atiradores e colecionadores (CACs). Entre os CACs, o Rio Grande do Sul tem 144 mil registro ativos, superado apenas por São Paulo (267,5 mil).
Engatilhado
Estados com maior número de cidadãos com armas
Rio Grande do Sul: 109.357
Minas Gerais: 84.571
Santa Catarina: 75.279
Paraná: 60.585
São Paulo:54.983