A obra que pretende facilitar o acesso da região da Arena do Grêmio para a freeway tem um novo encaminhamento. A Agência Nacional dos Transportes Terrestres (ANTT) decidiu pedir mais explicações.
A solicitação foi feita pelo governo do Estado, que pede o acesso da Arena do Grêmio para a freeway. O pedido não diz quem vai pagar e não determina que intervenção precisa ser feita.
Para que possa ser realizada, a obra não poderá ter conexão com um empreendido privado. Nas tentativas anteriores, a autarquia federal havia rejeitado o pedido de forma sumária.
O que pode ter mudado dessa vez foi a situação da Vila Farrapos, após o período de enchente. O bairro, que tem dificuldades de logística, enfrentou problemas de acesso. Famílias que estavam sendo resgatadas das suas casas, foram deixadas na esplanada na Arena e só puderam ser retiradas do local de barcos.
E há espaço na região para se construir um novo acesso, ao lado da descida da Rodovia do Parque, na conexão entre a Avenida Padre Leopoldo Brentano com a Rua Voluntários da Pátria. Há largura suficiente para se realizar a obra.
Alguém também precisará se responsabilizar financeiramente pela construção. A CCR ViaSul, responsável pela administração da rodovia, já se manifestou que não irá realizar a obra.
Caso a empresa realizasse a intervenção, ela precisaria ser ressarcida de três formas: governo federal pagar pela obra, o prazo do contrato de concessão ser ampliado ou as tarifas de pedágio receberem reajuste extra em futura atualização.
Uma das dificuldades para realizar a obra é o tipo de rodovia que a freeway está classificada. Ela tem designação identificada como "classe 0", característica atribuída a estradas com ao menos pista dupla e com controle total de entrada e saída.
Mesmo assim, a freeway tem ligação com vias de menor porte. Em Cachoeirinha, por exemplo, o acesso secundário à cidade é feito pela Rua Papa João XXIII.
A construção de um viaduto também auxiliaria a desafogar o trânsito em dias de jogos e shows com grande público na Arena.