Uma reunião realizada na tarde de quarta-feira (6) selou o fim do contrato de duplicação da BR-386, entre Marques de Souza e Estrela. Por causa disso, quem passa pela região não percebe mais a movimentação de operários, que estão sendo demitidos.
Essa é a segunda vez que a obra é paralisada. Em abril do ano passado, a CCR ViaSul - responsável pela rodovia - chegou a rescindir o vínculo com a construtora Eurovias.
Na ocasião, mais de 100 trabalhadores chegaram a ser demitidos. Porém, 40 dias depois, as partes se reconciliaram e as obras foram retomadas.
Em comunicado, a CCR ViaSul informa que a rescisão ocorrida agora foi realizada em comum acordo. Também garante que já trabalha, o mais rápido possível, para contratar uma nova empresa, que irá dar prosseguimento aos trabalhos.
O motivo do encerramento antecipado do vínculo entre as partes, segundo a CCR, ocorreu “em virtude do não atingimento do estabelecido em contrato”.
De julho de 2021 a fevereiro de 2024, a Eurovias conseguiu duplicar só 11,6 dos 20,3 quilômetros previstos. Pelo cronograma inicial, as obras deveriam terminar em julho do ano passado.
Na atualização mais recente, a CCR ViaSul divulgou que estimava concluir os 8,7 quilômetros em junho de 2024. Com a rescisão, a concessionária informa que a previsão de término está em aberto.
Novo trecho
Desde outubro do ano passado, um novo trecho da duplicação começou a ser realizado. Os trabalhos são realizados pelo consórcio Construtor Viasul, formado pelas empresas OECI, antiga Odebrecht, e pelo grupo chinês Power China.
Estão recebendo intervenção 25 quilômetros, entre Fontoura Xavier e Soledade. Contratualmente, a duplicação deste trecho estava programada para ser realizada entre fevereiro de 2023 e fevereiro de 2025.
Porém, a demora na obtenção da licença de instalação, por parte do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), adiou em oito meses o início dos trabalhos. Apesar disso, a CCR ViaSul garante que irá concluir a obra em um ano e três meses.
Aliás, a coluna conseguiu apurar que este mesmo grupo de empresas poderá assumir o trecho que até quarta-feira era de responsabilidade da Eurovias.