O atual posto da Polícia Rodoviária Federal (PRF) em Lajeado precisará ser fechado. O motivo é o avanço da duplicação da BR-386. O imóvel está localizado no quilômetro 342 da rodovia.
A futura pista, com a necessidade dos seus recuos, vai passar a 70cm do prédio. Além disso, na frente do posto, está prevista a construção de uma vala de 3 metros, que irá escoar a água da chuva.
A avaliação feita entre representantes da CCR ViaSul e da superintendência da PRF no Rio Grande do Sul é que a obra trará barulho, poeira, riscos aos frequentadores e possíveis avarias na estrutura do posto. Além disso, o atendimento à população seria prejudicado diretamente.
Por causa dessas dificuldades, a unidade será transferida para o município de Tabaí, distante 44 quilômetros de Lajeado. No novo endereço, uma base de apoio será transformada em posto, com estrutura para atendimento à população. A mudança ainda não tem data para ocorrer, mas deve ser realizada em breve.
A Associação Lajeadense dos Policiais Rodoviários Federais emitiu nota se mostrando preocupada com a transferência da unidade de Lajeado para Tabaí. O Vale do Taquari tem grande concentração de veículos e o posto também serve para base de operações de apreensões de drogas e armas.
A associação reclama que a decisão de fechar o posto não foi dividida com os policiais que atuam na região. Também destaca que a troca vai afetar a qualidade do trabalho desenvolvido na região de Lajeado e Estrela, pois o tempo de resposta para qualquer ocorrência na região será mais demorado. A nota defende que a unidade permaneça no local atual até a transferência definitiva para a nova unidade a ser construída na mesma região.
A PRF informa que o fechamento do posto de Lajeado será temporário, pois a região é considerada estratégica. Uma nova unidade operacional será construída em um prazo de sete meses.
- É um dos locais com maior número de apreensões. Milhares de pessoas circulam todos os dias na região. Nunca passou pela nossa cabeça sair de lá. É temporário - destaca o chefe da comunicação da PRF no Estado, inspetor Douglas Paveck.
Sobre a fiscalização, a superintendência informa que não haverá prejuízos, pois as viaturas não ficam estáticas, que as rondas ocorrem sempre levando em consideração os locais com mais acidentes e o trabalho de inteligência, que coordena as abordagens. Também lembra que a CCR oferece guincho e ambulância, o que agiliza o atendimento.
De qualquer forma, a PRF está buscando, junto com a Câmara de Vereadores da cidade e com a Procuradoria da República de Caxias do Sul, encontrar uma solução provisória. A ideia é buscar um imóvel em Lajeado que possa receber o posto provisoriamente. A primeira procura realizada não obteve êxito.
A associação dos policiais de Lajeado questiona que o projeto da nova unidade de Lajeado não está aprovado e as licenças não foram emitidas. Também destaca que a demolição do atual prédio não pode ser autorizada sem consentimento da Secretaria de Patrimônio da União, que é a proprietária do imóvel.