O governador do Estado sinalizou uma nova alternativa sobre o futuro da RS-118. Empresários, prefeitos e até deputados da base aliada do Palácio Piratini têm se manifestado contrários à uma possibilidade de pedágio na rodovia.
Eduardo Leite concedeu entrevista ao Gaúcha Atualidade desta quinta-feira (16). Ele reafirmou que estão sendo feitos novos estudos sobre as concessões de estradas, que incluem a RS-118.
Segundo o governador, a carta que ele assinou durante as eleições, fez ele se comprometer a não autorizar cobrança de pedágio na rodovia envolve as cidades de Viamão e Alvorada. Mas Leite não destacou as demais cidades entre Gravataí e Sapucaia do Sul. Só reafirmou que não haverá uma praça física de cobrança.
- A carta do grupo que se mobiliza contra a (cobrança na) RS-118 salienta a preocupação com Viamão e Alvorada. Essa é a preocupação que eles externam ali, que o pedágio vai afetar Viamão e Alvorada. Essa é a preocupação deles ali, gerando um isolamento, uma maior depressão para essas cidades, na visão deles. Pois bem. Não haverá praça de pedágio entre Viamão e Alvorada. Vamos reabrir os estudos e vamos analisar o que vai ser, qual a forma - salientou Leite.
O governo do Estado decidiu refazer os estudos das futuras concessões levando em consideração a regulamentação do Free Flow no Brasil, que é o sistema de cobrança automática de tarifa, sem a necessidade de uma praça física de pedágio.
Eduardo Leite chegou a dizer também que, se não houver pedágio na RS-118, a decisão poderá invalidar a concessão das demais rodovias, que envolvem estradas da região das Hortênsias, na Serra, Região Metropolitana e Litoral Norte.
Na semana passada, o chefe da Casa Civil do governo do Estado, secretário Artur Lemos, já havia reforçado que o que está escrito não se modifica - se referindo ao documento assinado por Leite. Porém, segundo Lemos, após a conclusão dos novos estudos, caso a sociedade opte por não ter pedágio na RS-118, isso poderá impedir a duplicação da rodovia entre Gravataí e Viamão.
Verba para a União
Questionado sobre a possibilidade de redirecionar os recursos do Estado que seriam repassados para obras federais, o governador destacou que esses R$ 500 milhões já não existem mais.
- Os R$ 500 milhões foram anunciados quando tínhamos receitas asseguradas. Dali para adiante o governo federal nos tirou R$ 5 bilhões. O que se perdeu em seis meses vai ser recompensado em 3 anos - salientou Leite.
O projeto em questão foi votado pela Assembleia Legislativa. Na ocasião, os deputados não aprovaram o projeto, pois não havia qualquer contrapartida por parte do governo federal.