O cheiro já é característico. Passar pelo Mercado Público de Porto Alegre e não sentir o odor de peixe é algo raro.
O prefeito Sebastião Melo pediu providências e o secretário municipal de Administração e Patrimônio (Smap), André Barbosa, está buscando uma solução. Uma primeira reunião foi realizada nesta quinta-feira (26) entre as empresas e a prefeitura. Um novo encontro foi marcado para 8 de fevereiro.
O grupo Faros é o responsável pelo recolhimento dos resíduos, que são descartados por quatro peixarias e seis açougues. Uma vez ao dia, a empresa faz a retirada do material, que fica guardado dentro do Mercado Público.
As partes não comercializadas de peixe e de gado são armazenadas em três salas, localizadas no térreo do Mercado Público, na região da Avenida Borges de Medeiros com a Avenida Siqueira Campos. A câmara fria está com problemas de refrigeração, pois ela não consegue ficar bem fechada.
A ideia de André Barbosa é que a sala deixe de guardar os resíduos. As peixarias e açougues reteriam o material até a chegada do caminhão da empresa. Em vez de um recolhimento diário, o material seria retirado em até quatro horários em um mesmo dia.
- A gente quer regular isso. O cheiro acaba incomodando demais. Lojas lindeiras, clientes do Mercado e pedestres que passam por ali convivem com o mau cheiro - destaca Barbosa.
Se não houver acordo, o secretário informa que os permissionários precisarão achar uma solução melhor, pois a atual não será mais aceita. Segundo Barbosa, a intenção da prefeitura é também poder usar as salas, atualmente ocupadas por resíduos, como novos pontos de venda de produtos do Mercado Público.
Outra mudança articulada é a troca do local onde os caminhões poderão fazer a carga e a descarga no Mercado Público. Em vez de usarem a Borges de Medeiros, a ideia é que a Avenida Júlio de Castilhos permita a parada dos veículos, em horários específicos.
No local também seriam colocados contêineres para descarte do lixo orgânico. O recolhimento é feito pelo Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU). Já sobre o resíduo seco, a prefeitura ainda estuda qual a melhor forma para que ocorra a retirada.