No próximo dia 4 de março, a trincheira da Avenida Ceará, na zona norte de Porto Alegre, estará completando três anos desde que foi liberada ao tráfego de veículos. A data foi comemorada pois foi possível acabar com os desvios - eles duraram sete anos - que causaram congestionamentos em uma das entradas da cidade.
Há aproximadamente dois anos, GZH esteve no local para verificar as condições da passagem de nível. E voltou novamente ao local na terça-feira (24). Os mesmos problemas foram identificados: sujeira, pichação e infiltrações.
A tela de proteção - que foi instalada nas paredes da estrutura para dar um aspecto menos feio à obra e para tentar evitar vandalismo - não esconde a marca do curso d'água, que é visível nas paredes. Poças se acumulam na parte mais baixa da passagem de nível.
As infiltrações ocorrem, e continuarão ocorrendo sempre, porque a obra foi realizada abaixo do lençol freático. Antes da construção começar, na fase de concepção do projeto, não foi previsto uma solução diferente da atual.
O lixo se aglomera no entorno da trincheira. Inclusive, há um morador de rua que tem usado a região como lugar de pouso.
Há uma tampa de bueiro que está aberta. Aliás, furtos desse material são costumeiros na cidade. Pelo menos a iluminação pública vem resistindo à ação dos vândalos.
A Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura (Smoi) informa que monitora a trincheira permanentemente e que não há problemas estruturais na construção. Isso significa que ela não impõe risco por quem a utiliza.
Sobre a sujeira, o Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU) faz serviço rotineiro na região, para que não haja entupimento dos bueiros. Aliás, uma ação está agendada para ocorrer nesta quarta-feira (25).
Além disso, na semana que vem, a Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (Smsurb) vai remover as pichações do local. A trincheira recebeu tinta especial, que facilita a remoção das pinturas indevidas.
A obra custou R$ 39,27 milhões. Prevista inicialmente para a Copa de 2014, a construção sofreu sete adiamentos desde 2016, ano previsto para a sua entrega.