A escuridão acabou. Quem passa há algumas noites pela Avenida Farrapos com Avenida Zaida Jarros, na zona norte de Porto Alegre, percebe a claridade vinda da obra da trincheira da Ceará. A construtora Conpasul concluiu a instalação da iluminação pública da obra. São 56 pontos de luz que foram colocados.
A trincheira também já ganhou uma lombada eletrônica. A velocidade máxima permitida no local será de 40 quilômetros por hora.
A casa de bombas está recebendo portas e janelas. Dentro do imóvel, as duas pequenas bombas provisórias estão sendo substituídas por três grandes definitivas. A previsão é que este serviço seja concluído em 10 de dezembro.
A pintura das faixas de trânsito será feita no início do mês que vem. As placas estão sendo fabricadas e serão instaladas em breve.
A única providência que segue pendente é a instalação de telas nas paredes da trincheira. O material foi pensado para dar uma visibilidade mais bonita para a obra e também proteger contra vandalismo e colocação de lixo que possa entupir a canalização de drenagem.
Para poder fazer a instalação do material, a Conpasul precisa de 30 dias. Esse período envolve a compra e recebimento do produto, e a sua instalação. A aquisição da tela será providenciada somente após a publicação de um novo termo aditivo. Sendo assim, a prefeitura tem oito dias para evitar o que seria o sétimo adiamento de prazo da obra somente durante o governo de Nelson Marchezan.
Será isso ou o prefeito e o secretário municipal de Infraestrutura e Mobilidade Urbana (Smim), Marcelo Gazen, terão que descumprir uma promessa que fizeram há um mês: que a obra só seria entregue após a sua conclusão.
Em 23 de outubro, após vistoria na trincheira, Marchezan e Gazen anunciaram que a obra não seria mais entregue em outubro. Apesar de garantir que a construção ficará pronta em dezembro, o contrato entre a prefeitura e a Conpasul estabelece o mês de março de 2020 como prazo final para conclusão dos trabalhos.
A obra está 99% finalizada. Projetada ao custo de R$ 29,5 milhões, a obra está custando R$ 39,37 milhões aos cofres públicos. A ordem de início foi dada em dezembro de 2012, mas os desvios no trânsito iniciaram-se em fevereiro de 2013. Os trabalhos começaram logo em seguida e tinham prazo contratual de execução de três anos.