Durou 35 dias a remoção das toneladas de entulhos resultantes da implosão do prédio da Secretaria Estadual da Segurança Pública (SSP) do Rio Grande do Sul. As últimas viagens foram realizadas neste fim de semana.
De acordo com a assessoria da SSP, 1.026 viagens de caminhão foram realizadas para transportar 14.000 m³ de entulho e 2.100 m³ de sucata. As sucatas foram transportadas para as unidades de para as unidades de Charqueadas e Sapucaia do Sul da empresa Gerdau. Já o entulho foi enviado ara a empresa SBR Reciclagem, em Canoas.
"Vale ressaltar que em todo o período de atuação no terreno, a empresa FBI Demolidora não registrou acidentes de trabalho, reforçando o compromisso com a segurança dos trabalhadores para a remoção dos escombros com agilidade. O serviço foi finalizado dentro do que foi estabelecido no Plano de Gerenciamento de Resíduos (PGR), apresentado junto à Secretaria de Obras e Habitação", informa nota enviada à coluna.
Quanto a destinação do terreno, as três possibilidades estão em fase final de análise. O governo do Estado avalia construção na mesma área, permuta por nova construção ou permuta por um prédio já existente.
Concreto reutilizado
O concreto que virou entulho será reciclado e reinserido na indústria. O serviço é realizado pela SBR. O material chega misturado na usina, com presença de terra, concreto, tijolo, plástico, papel, papelão, madeira e pedaços de metal. Após a separação dos materiais, o concreto e o tijolo são britados, peneirados e reutilizados.
Prédio de 1972
A construção do prédio foi concluída em 1972. Serviu de sede para a Rede Ferroviária Federal S/A (RFFSA) e, em 1998, foi adquirida pelo Estado. A SSP, até então abrigada em um prédio na Rua Sete de Setembro, instalou-se ali em julho de 2002. Ao longo dos 19 anos, diversos órgãos da Segurança Pública atuaram no local. O Comando de Policiamento da Capital, o Instituto-Geral de Perícias, o Departamento de Trânsito (Detran-RS) e, mais recentemente, o Departamento de Comando e Controle Integrado (DCCI).
Incêndio em 2021
O edifício foi parcialmente destruído no dia 14 de julho de 2021 após incêndio que começou no período da noite. Dois bombeiros morreram enquanto trabalhavam para controlar as chamas.
Demolição em sete segundos
Em 6 de março, os nove andares do que restou da construção foram abaixo em sete segundos. Considerada um sucesso, a implosão do que outrora fora um prédio histórico não destruiu completamente a estrutura: uma única parede seguiu intacta no meio dos entulhos até vir abaixo.