Um ano e meio depois de ser retomada, e de já ter sofrido alteração no prazo, a ampliação de 1,9 quilômetro da Avenida Severo Dullius, na zona norte de Porto Alegre, vai precisar de mais tempo para ser concluída.
A última previsão indicava que os serviços seriam finalizados em outubro de 2022. Antes disso, a ideia era inaugurar a obra em abril.
A Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura (Smoi) informa que a construção atingiu 80%. Atualmente, a construtora Procon trabalha na finalização do desvio do canal Passo da Mangueira e da ponte sobre o canal.
Também já foram iniciados os trabalhos de escavação da ligação com a parte da avenida já existente. Um trecho de 38 metros ainda precisa receber asfalto para que seja possível legar a avenida com a rua Dona Alzira.
Pela nova previsão, a obra será inaugurada em dezembro. Atualmente, a construção como um todo está custando R$ 77,9 milhões. Quando pronto, o trecho será uma alternativa para se deslocar entre a BR-116 e a Avenida Assis Brasil sem precisar passar pela frente do aeroporto Salgado Filho, por exemplo.
Um outro problema que já virou rotina é o acúmulo de lixo irregular na região. Desde sofás, portas, janelas, entre outros detritos, tudo é abandonado no local. Com frequência, o Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU) faz o recolhimento do lixo. Porém, as pessoas voltam a fazer o descarte irregular.
O trabalho na Severo Dullius é uma das 21 obras prioritárias do prefeito. Um decreto assinado por Sebastião Melo quer pôr fim a uma extensa relação de construções intermináveis ou há tempos aguardadas. A ideia é criar forças-tarefas.
Histórico de problema
O contrato foi assinado em novembro de 2012, mas a ordem de início só foi dada em junho de 2013. Essa era uma das obras previstas para a Copa de 2014.
A prefeitura teve que readequar o traçado em virtude de restrições ambientais, pois a via passaria sobre um aterro sanitário. A autorização para início dos trabalhos só ocorreu em setembro de 2015.
A primeira paralisação dos serviços ocorreu em fevereiro de 2017 por falta de pagamento. A ordem de reinício da construção foi dada em junho de 2019. Cinco meses depois, a obra foi novamente suspensa por falta de projetos e de pagamentos. Em setembro de 2020, os trabalhos foram retomados e não mais foram paralisados.