Mais um capítulo foi adicionado à novela da nova ponte do Guaíba. Inaugurada há mais de um ano, e ainda inconclusa, a travessia está sem conservação da rede de energia elétrica.
A instalação das luminárias foi feita dentro do contrato da construtora Queiroz Galvão. A responsabilidade da empresa na manutenção encerrou quando o contrato chegou ao fim, em agosto. Questionada pela coluna, a assessoria da empresa não respondeu as perguntas solicitadas.
Em obras públicas, é comum a empresa ficar responsável pelo reparo se o problema identificado estiver relacionado com a instalação. Porém, se a falha for ocasionada por furto ou pelo desgaste diário, a construtora não teria qualquer obrigação.
O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) informa que não é dele a competência pela manutenção da energia. E, de fato, em instalações anteriores, como no caso da Rodovia do Parque, a responsabilidade pela conservação é das prefeituras envolvidas.
Porém, a Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (SMSUrb) destacou que a manutenção não é de sua responsabilidade. E citou o Dnit e a empresa que executou a obra, que já nem mais contrato tem com a autarquia.
A coluna também entrou em contato com o consórcio IP Sul, que cuida da troca de lâmpadas dos postes da Capital. De acordo com o diretor executivo da IP Sul, Guido Oliveira, a gestão de novos pontos de luz só passa para a empresa quando é entregue a solicitação de recebimento por parte da prefeitura. E essa solicitação ainda não teria sido feita pela administração municipal.
Enquanto isso, quem passa na travessia identifica trechos às escuras. A iluminação ainda resiste em parte dos postes. Mas, se esse impasse permanecer, não é possível prever até quando haverá luz na nova ponte do Guaíba.