A 10ª Vara da Fazenda Pública de Porto Alegre mediou, nesta sexta-feira (19), uma nova audiência relacionada ao acordo sobre as obras do entorno da Arena do Grêmio. E o encontro não poderia ser mais desanimador.
Marcada há pouco mais de um mês, a reunião não durou sequer 30 minutos. Participaram integrantes da prefeitura de Porto Alegre, Ministério Público, Grêmio, OAS, Karagounis, Albizia e Arena Porto-Alegrense.
E a audiência expôs as dificuldades de negociação envolvendo o Tricolor e a gestora do estádio. Desde maio, auditorias nas contas da Arena estão sendo realizadas. O Grêmio cobra a entrega destes documentos parar poder avaliar o negócio referente a aquisição antecipada da gestão do estádio, e apresentá-lo aos conselheiros do clube.
Em outubro, a Arena se comprometeu a entregar o material no mesmo mês, o que o Tricolor alega que não ocorreu. Em meio a divergência, a juíza Nadja Mara Zanella concluiu a reunião.
Novo encontro foi marcado para dezembro, a fim de tentar salvar o acordo, que já demonstrou que está fadado ao fracasso. Observador da atual situação, o Ministério Público comentou que seguirá aguardando. A Procuradoria-Geral do Município, Grêmio ainda não se manifestaram a respeito do encontro. OAS, Karagounis, Albizia e Arena Porto-Alegrense disseram que não irão se manifestar.
Com mais este insucesso nas negociações, a data de entrega do estádio Olímpico permanece indefinida. Enquanto isso, a área segue em uso para guardar ônibus da Carris, pelo menos até dezembro.
O atual contrato do Grêmio com a OAS prevê 20 anos de exploração comercial pela construtora. Sendo assim, a Arena Porto-Alegrense ainda administraria o estádio até 2033. Porém, a antecipação da gestão por parte do Tricolor é vista como fundamental para que a construtora tenha dinheiro para conseguir concluir as obras do entorno do complexo esportivo que foi construído.
Enquanto isso, a Secretaria Municipal da Fazenda cobra R$ 954,36 mil de Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) do Grêmio. A dívida é referente aos anos de 2017 e 2018. O pagamento está sendo questionado na Justiça pelo Tricolor.