Um avião da companhia aérea Latam, que havia decolado do aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, na noite de terça-feira (16), teve que retornar a Porto Alegre após colidir com um pássaro.
Segundo a Fraport, o voo de número 3090 tinha destino a Brasília e a Latam declarou ter ocorrido uma colisão com um pássaro. Com perda de potência em um dos motores, a aeronave pousou em segurança 25 minutos após a decolagem.
A frequência com que esse tipo de ocorrência era registrada fez com que a Infraero usasse gaviões para afugentar aves de pequeno porte que se aproximavam do aeroporto Salgado Filho. Foi entre 2011 e 2017. Um contrato foi firmado com a Hayabusa Falcoaria. A empresa recebia mensalmente um valor aproximado de R$ 50 mil pelos serviços prestados.
Á época, o proprietário da falcoaria, Gustavo Trainini, comentava que cinco funcionários atuavam no controle das aves. Quando algum animal era identificado na pista do aeroporto pelo Controle de Tráfego Aéreo, um alerta era lançado à empresa, que tinha três minutos para percorrer a pista, soltar o gavião, afugentar ou capturar a ave intrusa e deixar o local.
Atualmente, os animais são cuidados em um complexo turístico voltado para a conservação e educação ambiental, dedicado às aves de rapina. O espaço foi construído em São Francisco de Paula (RS).
Na relação de animais mais inoportunos estavam o quero-quero, a marreca e o maçarico. Normalmente, eles eram afugentados, mas podiam também ser capturados. Quando isso ocorria havia o "pagamento de resgate".
O problema ainda persiste. Porém, a Fraport também não adota o uso de gaviões para afugentar pequenas aves. Prefere usar sirenes para este fim. Além disso, diz realizar monitoramentos constantes a fim de identificar focos que podem atrair aves ou outros animais.
"O gerenciamento do risco da fauna é realizado por meio de ações previstas em regulamentos específicos e melhores práticas internacionais, dentre elas destacamos: - monitoramentos diários (presencial e remotamente) das áreas do aeroporto em especial a pista de pouso e decolagem, inspeções em focos que podem atrair aves ou outros animais, com atenção máxima nos resíduos. Censos para identificar as espécies e o número de animais. Com os dados coletados ações são direcionadas de acordo com a criticidade das identificações. Captura de animais, afugentamento de aves com dispositivos eletrônicos (sirenes com sons específicos) complementam nossas atividades", informa a administradora do terminal por meio de nota.