Não será a duplicação da BR-116 em direção ao sul do Estado. Tampouco a construção da nova ponte do Guaíba.
A grande obra de infraestrutura do governo Bolsonaro no Rio Grande do Sul está localizada em São Leopoldo. Mais precisamente na BR-116, na região da ponte do Rio dos Sinos.
Tanto a duplicação da estrada em direção ao porto de Rio Grande, como a nova travessia sobre o Guaíba, foram obras projetadas, iniciadas e boa parte executadas pelas gestões de Dilma Rousseff e Michel Temer. As duas construções foram entregues com 61% e 74%, respectivamente, ao atual governo. A grande virtude de Jair Bolsonaro foi liberar recursos para que essas obras pudessem estar chegando perto da conclusão.
Porém, o início do pacote de obras previsto para a BR-116, entre Porto Alegre e Novo Hamburgo, teve a largada dada por Bolsonaro. E, apesar das dificuldades financeiras enfrentadas, um dos maiores gargalos das rodovias federais do Rio Grande do Sul está perto de ser resolvido.
As obras de construção das novas pontes sobre o Rio dos Sinos completaram cinco meses de trabalho. Faltam 180 dias para o término dos trabalhos, que avançam.
Recentemente, o contrato precisou ser reajustado em R$ 661 mil para que fosse incluído um serviço de transposição de uma rede de energia na região, que não estava prevista no edital. Dessa forma, os gastos estão orçados agora em R$ 76,29 milhões.
Melhorias esperadas há uma década
Quando essa obra for concluída, a intenção é atacar um outro problema grave da rodovia: a região próxima da RS-240, também em São Leopoldo. Outra melhoria prevista é a ampliação da quantidade de faixas da BR-116, entre os viadutos João Corrêa e o acesso ao bairro Scharlau.
O contrato com o consórcio de empresas EPC, Sogel, Mac e Iguatemi, foi assinado em dezembro de 2019. Ele É o responsável por executar os projetos de melhorias previstos entre Porto Alegre e Novo Hamburgo. A autorização ocorreu três anos e meio depois da realização da licitação.
Este é um contrato de R$ 392 milhões - valores de 2014 - que prevê uma série de obras em 38,5 quilômetros e tem prazo de vigência de três anos. A escolha da empresa foi parar na Justiça e o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) precisou aguardar a decisão final para dar autorização de início aos trabalhos.
O trecho de Esteio deverá receber a maior quantidade de novas obras, principalmente na região do Parque de Exposições Assis Brasil. Canoas terá um cruzamento por baixo da BR-116, próximo do Conjunto Comercial. Estão previstas também construções de ruas laterais e implantação de terceira faixa, inclusive em viadutos.