Seis linhas de ônibus da zona sul de Porto Alegre passarão para a Carris a partir de segunda-feira (5). São elas: Intendente Azevedo, Nazareth, Nazareth / Intendente, Nazareth / Intendente / Patrimônio, Cruzeiro do Sul e Pereira Passos.
A transferência foi confirmada em memorando encaminhado pela Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC). Elas são administradas pela Trevo, mas a empresa alegou problemas financeiros para comprar óleo diesel para seus ônibus.
- Essas linhas foram escolhidas por motivos operacionais e também por proximidade com a garagem da Carris. E a linha Cruzeiro do Sul é uma que a Carris já tinha operado na pandemia e os rodoviários já tinham conhecimento do trajeto - diz o engenheiro da Associação dos Transportadores de Passageiros (ATP), Antônio Augusto Lovato.
Por causa disso, entre quinta (1) e sexta-feira (2), 36 veículos não saíram da garagem - 18 em cada dia. Ao todo, 18 veículos vão substituir os ônibus da Trevo.
Desse total, 14 deles virão da Carris e outros quatro das demais empresas do consórcio Viva Sul. Cada carro faz, em média, 2 tabelas por dia. Ao saber da situação, o prefeito Sebastião Melo determinou providências.
- Diante da paralisação de parte da frota de ônibus entre ontem e esta sexta, pedi uma apuração rigorosa à Secretaria de Mobilidade. Se a situação não for regularizada, autorizarei lotações, transporte escolar e linhas metropolitanas para atenderem a demanda dos cidadãos - disse o prefeito por rede social na sexta-feira.
Melo chamou uma reunião para as 16h, no Paço Municipal. Segundo ele, serão alinhadas as providências diante da "paralisação de veículos de algumas linhas de ônibus".
Já a Secretaria de Mobilidade Urbana de Porto Alegre (SMMU) informou que abriria processo administrativo para averiguar o caso. Caso seja confirmada a "irregularidade", a empresa "será autuada por descumprimento de tabela horária".
Desde sexta-feira, a passagem de ônibus de Porto Alegre está custando R$ 4,80. O valor foi definido pelo prefeito Sebastião Melo e é R$ 0,40 menor do que foi estipulado pelo Conselho Municipal de Transporte Urbano (Comtu) e pela Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC).
O prefeito não confirmou se as empresas serão ressarcidas. O caso será levado pela ATP ao judiciário. O Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejusc), do Tribunal de Justiça tem mediado o assunto entre a prefeitura e as empresas.