Diferente do que havia projetado para a obra, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) conseguiu equacionar os entraves. Dessa forma, a duplicação da ponte do Rio dos Sinos, no quilômetro 247 da BR-116, vai começar.
O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) emitiu, na segunda-feira (8), autorização para o início dos trabalhos de retirada de vegetação. Ainda faltava, porém, liberação de recursos para o consórcio de empresas EPC, Sogel, Mac e Iguatemi.
Para proporcionar o começo da construção, a autarquia vai usar R$ 5 milhões de recursos que sobraram do ano passado. Dessa forma, haverá verba para aproximadamente 30 dias de trabalho. Ainda nesta terça-feira (9) é aguardada a ordem de serviço, que o Dnit irá emitir. A partir daí, os primeiros trabalhos no local vai depender da agilidade das empresas envolvidas.
Sendo assim, as obras vão iniciar ainda nesta semana. Porém, para a continuidade da construção, é aguardada a aprovação da Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2021, que ainda não foi votada pelo Congresso Nacional. A previsão atual é que a apreciação da matéria pelos parlamentares ocorra no fim do mês.
Além da duplicação, estão previstos o alargamento das atuais pontes sobre o Rio dos Sinos; a construção de um novo viaduto de acesso à RS-240, no bairro Scharlau, em São Leopoldo; e a ampliação da quantidade de faixas da BR-116, entre os viadutos João Corrêa e o acesso ao bairro Scharlau.
Este é o principal gargalo da Região Metropolitana desde a inauguração da Rodovia do Parque, em 2013, e do viaduto de Sapucaia do Sul, em 2014. Segundo a autarquia, este trecho de São Leopoldo recebe por dia 140 mil veículos.
O contrato com o consórcio de empresas EPC, Sogel, Mac e Iguatemi, foi assinado em dezembro de 2019. Ele será o responsável por executar os projetos de melhorias previstos entre Porto Alegre e Novo Hamburgo. A autorização ocorreu três anos e meio depois da realização da licitação.
Este é um contrato de R$ 392 milhões - valores de 2014 - que prevê uma série de obras em 38,5 quilômetros e tem prazo de vigência de três anos. A escolha da empresa foi parar na Justiça e o Dnit precisou aguardar a decisão final para dar autorização de início aos trabalhos
O trecho de Esteio deverá receber a maior quantidade de novas obras, principalmente na região do Parque de Exposições Assis Brasil. Canoas terá um cruzamento por baixo da BR-116, próximo do Conjunto Comercial. Estão previstas também construções de ruas laterais e implantação de terceira faixa, inclusive em viadutos.