Pouco mais de um ano depois de iniciadas as obras do projeto Embarcadero, a revitalização de 19 mil metros quadrados, do armazém A-7 até a Usina do Gasômetro, está sendo concluída. Faltam alguns ajustes e o término das ações de paisagismo, que serão instaladas às vésperas da abertura dos portões.
O projeto Embarcadero é capitaneado pelas empresas DC Set Produções e Tornak. De acordo com o empresário Eugênio Corrêa, da DC Set, as chaves serão entregues aos lojistas parceiros nos primeiros dias de janeiro.
- A partir daí, eles terão aproximadamente 60 dias para executar as obras - destaca Corrêa.
Pela atual projeção, a pré-abertura ocorrerá nos primeiros dias de março. Segundo o empresário, até 90% da estrutura montada estará disponível nesta data.
A intenção é fazer essa liberação prévia para que os lojistas vão se adaptando às novas operações. A inauguração oficial, com a presença de autoridades, está sendo projetada para o aniversário de Porto Alegre, em 26 de março.
O prazo anterior previa abrir as portas do Embarcadero em janeiro. A pandemia e a retração das atividades econômicas forçaram os responsáveis pelo projeto a adiarem a inauguração em algumas oportunidades.
As obras começaram em novembro de 2019. Pela primeira vez, essa região do Cais está ganhando canalização de esgoto, água e luz, o que dificultou a revitalização do espaço.
Nesta semana, a Superintendência do Porto de Rio Grande publicou um termo de inexigibilidade de licitação com a Embarcadero Empreendimentos.
Segundo o superintendente do Porto, Fernando Estima, este ato que concede o uso do espaço aos empresários é uma das últimas ações antes da assinatura do contrato, previsto para os primeiros dias de janeiro. Em junho, o governo do Estado e representantes do Embarcadero assinaram um pré-contrato depois que o Piratini rompeu, em maio de 2019, o contrato com o consórcio que deveria revitalizar a região do Cais Mauá.
Já sobre a utilização dos demais armazéns do Cais, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) está desenvolvendo os estudos que definirão como a área será recuperada e ocupada. De acordo com Estima, os cenários possíveis levam em conta a possibilidade de fracionamento da área, para venda de lotes ou troca de terreno pela revitalização dos armazéns e construção de equipamentos públicos. Esse estudo deverá ser realizado em aproximadamente um ano e meio. Após a conclusão desta etapa é que estão previstas as obras que vão dar ao cais a restauração e o movimento tão esperados.