A virada de ano marcaria o reajuste de pedágio da Ecosul, no sul do Estado. A empresa, que administra cinco praças na BR-116 e BR-392, detém o incômodo título de ter o valor de tarifa mais caro das rodovias federais brasileiras.
A partir de informações repassadas pela concessionária, a Agência Nacional dos Transportes Terrestres (ANTT) estipulou que o reajuste a ser aplicado seria de R$ 0,40. Dessa forma, o pedágio a ser pago a partir de 1º de janeiro chegaria a R$ 20 - valor pago por carros.
Porém, a própria empresa encaminhou pedido para a ANTT solicitando que o reajuste não seja aplicado. A concessionária vem discutindo com a agência para que os dois últimos aumentos previstos não ocorram.
A ideia é que os valores em atraso sejam acertados com a própria ANTT no final do contrato, previsto para abril de 2026. O deputado federal Daniel Trzeciak (PSDB) ouviu do próprio diretor-geral da ANTT, Rafael Vitale, sobre essa negociação.
— Como já acontece em alguns casos, se joga para o final do contrato. Aí depois é feito esse ajuste com o governo. Então, há uma possibilidade de não ter reajuste nem em janeiro, nem em fevereiro, nem em março. Claro que a gente precisa estar mobilizado para que isso não ocorra — relata o deputado.
Recentemente, a ANTT solicitou que três pontes afetadas pela enchente de maio passassem por obras. Elas precisarão ser reconstruídas em patamares mais altos.
A Ecosul solicitou que os valores não sejam repassados para futuros aumentos da tarifa e que houvesse essa renegociação ao final do contrato. A empresa confirmou que o reajuste não entrará em vigor em 1º de janeiro.
"A Ecosul informa que não haverá reajuste nas tarifas de pedágio nas praças administradas pela concessionária no Polo Rodoviário Pelotas em 1º de janeiro de 2025, uma vez que o processo de apuração do índice não foi concluído pela ANTT. No momento, não há previsão de data para implementação nem de percentual para esse reajuste", informou a concessionária.