A tão aguardada obra da nova ponte do Guaíba avança num ritmo tão esperado por todas as construções, mas que só recebem esse tipo de atenção exatamente quando estão próximas de permitir alguma cerimônia pública. Foi assim com a Rodovia do Parque e tem sido assim com a duplicação da BR-116, entre Guaíba e Pelotas.
No começo de novembro, o Congresso Nacional aprovou o remanejamento de recursos entre os ministérios. Com isso, a pasta da Infraestrutura teve o orçamento ampliado em mais de R$ 1 bilhão. Somente a nova ponte recebeu mais R$ 11,92 milhões, valor suficiente para garantir que ela não sofrerá interrupções até o início do ano que vem.
Antes disso, porém, o governo federal quer já ter realizado a solenidade que irá carimbar a obra como entregue, mesmo que ela ainda esteja longe de ser totalmente finalizada.
Na semana passada, a assessoria do Ministério de Infraestrutura confirmou que o presidente Bolsonaro desembarcará no Rio Grande do Sul no próximo dia 10. Mas o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) ainda não trata a data como certeira.
Um viaduto segue sendo construído na BR-290, na região das ilhas. E ele ainda requer algumas etapas importantes como a colocação de asfalto, sinalização e iluminação.
O esforço é que a ponte tenha três dos sete acessos entregues num primeiro momento. Um dos mais importantes é o de quem vem pela Avenida Castello Branco e pretende seguir em direção a Eldorado do Sul. Não se sabe quando ele será liberado. Dessa forma, para sair do centro de Porto Alegre e seguir para a zona sul do Estado, será necessário continuar usando a ponte antiga.
O término das alças que dependem da retirada de 500 famílias das vilas Areia e Tio Zeca segue indefinido, pois sequer foram marcadas as audiências de conciliação na Justiça Federal. O Dnit precisa fazer o pedido para que as datas das negociações sejam agendadas.
A nova ponte terá ao todo 12,3 quilômetros com um total de cinco quilômetros de trecho em aterro e 7,3 quilômetros entre pontes, alças e viadutos. A estimativa do Dnit é que 50 mil veículos utilizem a travessia diariamente. As obras começaram em outubro de 2014 e deveriam ter ficado prontas em 2017.