As chances de ver sair do papel uma das obras mais aguardadas pelos moradores da Região Metropolitana diminuíram. Em julho e em setembro, o ministro de Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, garantiu que os trabalhos de duplicação da ponte sobre o Rio dos Sinos, na BR-116, iniciariam em novembro.
Porém, não há dinheiro para dar a largada na construção, que também envolve o alargamento das atuais pontes sobre o Rio dos Sinos; a construção de um novo viaduto de acesso à RS-240; e a ampliação da quantidade de faixas entre os viadutos João Corrêa e o de acesso ao bairro Scharlau. Uma tentativa de reverter essa situação restou frustrada.
No começo de novembro, o Congresso Nacional aprovou o remanejamento de recursos entre os ministérios. Com isso, a pasta da Infraestrutura teve o orçamento ampliado em mais de R$ 1 bilhão. Mas as obras no Vale do Sinos não entraram na relação de prioridades.
O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) informa que está tentando começar a obra até o fim do ano. A autarquia, porém, não disse de onde deverá vir os recursos.
O mais provável é que o início dos serviços fique para o ano que vem, quando é liberado o orçamento de 2021. Dessa forma, o Dnit conseguiria, enfim, dar prosseguimento ao plano que foi traçado em 2014, quando a licitação foi lançada.
Este é o principal gargalo do trecho desde a inauguração da Rodovia do Parque, em 2013; e do viaduto de Sapucaia do Sul, em 2014. Segundo a autarquia, este trecho de São Leopoldo recebe por dia 140 mil veículos.
A ponte, localizada no quilômetro 247, apresenta lentidão em qualquer dia da semana, principalmente em horários de pico. Os veículos demoram entre 30 e 45 minutos para passar por aproximadamente três quilômetros, que se formam em ambos os sentidos. O viaduto na RS-240 é ponto certo também de congestionamento.
O contrato com o consórcio de empresas consórcio de empresas EPC, Sogel, Mac e Iguatemi, foi assinado em dezembro de 2019. Ele será o responsável por executar os projetos de melhorias previstos entre Porto Alegre e Novo Hamburgo. A autorização ocorreu três anos e meio depois da realização da licitação.
Este é um contrato de R$ 392 milhões - valores de 2014 - que prevê uma série de obras em 38,5 quilômetros e tem prazo de vigência de três anos. A escolha da empresa foi parar na Justiça e o departamento precisou aguardar a decisão final para dar autorização de início aos trabalhos.
O trecho de Esteio deverá receber a maior quantidade de novas obras, principalmente na região do Parque de Exposições Assis Brasil. Canoas terá um cruzamento por baixo da BR-116, próximo do Conjunto Comercial. Estão previstas também construções de ruas laterais e implantação de terceira faixa, inclusive nos viadutos.