A solução definitiva ainda está longe de ser colocada em prática, mas a região do Cais Mauá deverá receber um aporte de recursos para ser investido nos seus armazéns tombados. A ideia é realizar um reparo emergencial nas áreas mais críticas entre os 11 pavilhões.
Segundo o superintendente do Porto de Rio Grande, Paulo Fernando Estima, a intenção é usar uma verba de R$ 8 milhões. Essa verba está nas mãos da empresa seguradora e foi depositada pelo consórcio Cais Mauá como garantia quando o grupo venceu a licitação.
Quando tiver acesso ao recurso, o governo gaúcho irá realizar a contratação da empresa que irá realizar as melhorias. Os reparos devem ocorrer, principalmente no telhado e nas sustentações das coberturas.
A GZH percorreu os armazéns tombados na quarta-feira (2) e constatou que a falta de conservação permanece na região. Telhas e vidros quebrados fazem com que a chuva não proteja a parte interna das estruturas. Há portas enferrujadas, mas não em todos armazéns, pois em alguns elas já não existem mais. O mato toma conta e até esconde o resto de fiação e parte elétrica que foram abandonados com o tempo.
Aliás, este foi um dos motivos para o governo do Estado ter rescindido unilateralmente o contrato com o consórcio. Segundo o Palácio Piratini, os pavilhões históricos não estavam recebendo qualquer tipo de manutenção. Em 28 de maio, o governo assumiu, inclusive, a área que a empresa ainda tinha no cais, no antigo prédio da Secretaria de Portos e Hidrovias (SPH).
Em paralelo a isso, está saindo do forno o termo de referência que irá embasar a licitação que pretende contratar a empresa que irá estudar o futuro do Cais. De acordo com Estima, os cenários possíveis levam em conta a possibilidade de fracionamento da área da cais, para venda de lotes ou troca de terreno pela revitalização dos armazéns e construção de equipamentos públicos.
- Está tudo redigido. Em cima da mesa, esperando a decisão final do governo. O termo de referência que irá reestruturar toda a área. A empresa irá ver as pretensões e ver o que cabe ser executado lá, prevendo realização de audiências públicas, inclusive - destaca Estima.
Esse estudo deverá ser realizado em aproximadamente um ano e meio. Após a conclusão desta etapa é que estão previstas as obras que vão dar ao cais a restauração e o movimento tão esperados.
A disputa será lançada quando o governo federal confirmar que o Cais Mauá não é mais um porto. Quando isso ocorrer, a União deixará de ter responsabilidades sobre a área e o Piratini poderá tomar as decisões que necessitar sem precisar pedir anuência.
O processo está bem encaminhado. De acordo com a assessoria do Ministério de Infraestrutura, a decisão já foi tomada e é favorável ao governo gaúcho. Para ser considerada concluída essa avaliação, o departamento jurídico da pasta está fazendo a última análise.
Projeto Embarcadero
As obras do projeto Embarcadero estão em execução mesmo em meio à pandemia. O projeto é capitaneado pelas empresas DC Set e Tornak.
Apesar de todas as dificuldades enfrentadas com a realização de obras neste momento, a ideia segue firme em fazer a pré-abertura do novo espaço de lazer em 20 de outubro. A intenção é fazer essa liberação prévia para que os lojistas vão se adaptando às novas operações. Já a inauguração oficial, com a presença de autoridades, está agendada para novembro.