Não poderia terminar de outra forma. A Cais Mauá do Brasil (CMB) saiu do prédio da Superintendência de Portos e Hidrovias (SPH), no Centro Histórico de Porto Alegre, mas ainda não comunicou o governo do Estado. Apesar do governo do Estado ter rompido o contrato para revitalização do Cais do Porto, na orla do Guaíba, da Justiça ter referendado a medida, a empresa ainda seguia no local.
Porém, de acordo com a Guarda Portuária, documentos foram retirados do local recentemente. Há alguns dias não existe mais movimentação nas salas.
A Superintendência dos Portos do Rio Grande do Sul notificou a CMB para que ela apresente um representante para acompanhar uma vistoria que será feita no prédio da SPH. A empresa ignorou o pedido. O governo vai voltar a entrar em contato. A vistoria deverá ocorrer nos próximos dias.
- A retirada deles (CMB) é só simbólica. Eles não tomaram mais conta da área. A saída deles é meramente protocolar, processual - destacou o superintendente Fernando Estima.
O contrato foi rescindido de forma unilateral pelo Palácio Piratini em maio de 2019. A empresa questionou na Justiça e perdeu. Depois de decisões desfavoráveis, a CMB divulgou que não iria mais recorrer da rescisão. O foco da empresa deverá se voltar a uma ação indenizatória pelo cancelamento do vínculo que foi assinado em 2010 e deveria durar 25 anos.
O governo trabalha, junto com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) na modelagem financeira do novo edital que será lançado para recuperar a área. Também está sendo construído o novo contrato com os sócios do projeto Embarcadero. As obras estão em andamento, serão concluídas em breve, mas não há ideia ainda de quando o espaço será aberto ao público.