Não foi desta vez que o governo do Estado conseguiu resolver a novela do presídio masculino de Guaíba, na Região Metropolitana. Na quarta-feira (10), eram aguardadas propostas das empresas interessadas em concluir a obra. Mas nenhuma empresa se ofereceu.
A construção da cadeia está parada desde 2017 depois que foi concluída uma longa discussão com a empresa que realizava os serviços. Os trabalhos começaram em 2010.
O contrato com a empresa PortoNovo Empreendimentos e Construções foi rescindido. O motivo, segundo o governo, é que a empresa abandonou a obra.
Segundo o Piratini, 50% da obra foi executada. Dos R$ 19,4 milhões de investimento, a empresa recebeu aproximadamente R$ 10 milhões.
A cadeia terá capacidade para 672 presos. Ela está localizada às margens da BR-116, no quilômetro 303, próximo à Penitenciária Estadual Feminina de Guaíba.
Pelas regras do edital, a obra deveria custar até R$ 18,58 milhões e precisava ser realizada um ano. A empresa ou consórcio vencedor que vencesse poderia indicar em sua proposta os imóveis e terrenos de seu interesse.
Na lista de bens do Estado havia 12 lojas, box de estacionamento, apartamentos e terrenos em Alegrete, Caxias do Sul, Montenegro e Porto Alegre. Somados, os bens em nome do governo chegam a R$ 25,48 milhões.
O maior valor é de um terreno no bairro Cristal, em Porto Alegre. Ele está avaliado em R$ 11,82 milhões. No ano passado, ele chegou a ser usado para atividades do carnaval comunitário na Capital. O segundo bem mais caro também fica em Porto Alegre. É uma loja na Rua 24 de Outubro, no bairro Moinhos de Vento. Ele está avaliado em R$ 7,26 milhões e já serviu de agência do IPVA.