
A pecuária gaúcha se despediu de uma de suas referências. Antônio Martins Bastos Filho, o Antoninho, como era conhecido, tinha 85 anos e foi sepultado na segunda-feira (24), em Uruguiana, na Fronteira Oeste. Zootecnista, criador, esteve à frente da Cabanha São Bibiano e deixou um legado na criação de gado de corte e equinos.
— O Antoninho é icônico, participou de tudo o que tu possa imaginar, mas de uma forma muito especial, extremamente modesto, discreto — conta o amigo Tunico Fagundes, criador e ex-presidente da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos (ABCCC).
Antoninho foi um dos fundadores das associações das raças angus e brangus e um dos criadores do Freio de Ouro. Em nota, a ABCCC enfatizou a dedicação: “um apaixonado pelo cavalo crioulo, trabalhou incansavelmente para a expansão e a melhoria da raça”.
A Associação Brasileira de Brangus mencionou o pioneirismo na seleção genética e o descreveu como “o mais requisitado jurado, líder de uma família empresária do agronegócio e exemplo de zootecnista”. A Associação Brasileira de Angus, entidade que presidiu por cinco mandatos, acrescentou: “sua dedicação, ensinamentos e valores dignos seguirão como legado”.