Gisele Loeblein

Gisele Loeblein

Jornalista formada pela UFRGS, trabalha há 25 anos no Grupo RBS e, desde 2013, assina a coluna Campo e Lavoura, em Zero Hora. Faz também comentários diários na Rádio Gaúcha e na RBS TV.

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Chile, Coreia do Sul, Japão: "ficha 1" para abrir mercado ao RS livre de aftosa sem vacina

Para a indústria de suínos, países são os de maior potencial para as primeiras conquistas; China "corre por fora" na compra de carne com osso

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ABPA / Divulgação
China poderá ampliar canal de compras já aberto

Na busca por novos mercados, a partir do status sanitário em relação à aftosa, o Rio Grande do Sul reorganiza a lista dos países que estão com a preferência. Embora o reconhecimento de livre da doença sem vacinação tenha saído em maio do ano passado, o processo para conquistar novos destinos segue. Presidente do Sindicato das Indústrias de Produtos Suínos do Estado (Sips), José Roberto Goulart explica que a negociação precisa, agora, ser feita país a país:

— O passo que se deu há um ano é um passo para o futuro. A consequência é abrir mais mercados. Nós temos de estar prontos para isso.

Em meio às tratativas abertas, Goulart aposta em Chile, Coreia do Sul e Japão como prováveis primeiras conquistas para o Estado. Além, é claro, da China, que já é cliente, mas pode ampliar as compras para miúdos e carnes com osso, itens até então não permitidos em razão da vacinação. O RS tem oito plantas de suínos aptas à exportação ao país asiático.

— Temos de ter um envolvimento do governo — acrescenta o dirigente, sobre o caminho para novas conquistas. 

Presidente do Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal (Fundesa), Rogério Kerber reforça:

— Ainda estamos trabalhando no sentido de agilizar o acesso a mercados mais exigentes.

Três países estão com missões programadas para o Estado, duas presenciais e uma virtual, entre outubro e o início de novembro, conforme a superintendência do Ministério da Agricultura no RS. Um deles é o Chile, interessado em genética avícola. Segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), um outro grupo de técnicos é esperado, até o final do ano, com foco em suínos. México e Reino Unidos também olharão para o setor de aves.

— Houve um incremento nas consultas feitas ao ministério — confirma a auditora fiscal federal agropecuária Taís Barnasque, coordenadora do Programa Nacional de Sanidade Avícola na superintendência da pasta no RS.

Coreia do Sul e Japão solicitaram informações extras para avançar nas tratativas. Em um segundo momento, conforme a ABPA, a atenção das indústrias se voltará para a abertura de mercado nas Filipinas, Estados Unidos e Canadá (que abriu para Santa Catarina).

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