Gisele Loeblein

Gisele Loeblein

Jornalista formada pela UFRGS, trabalha há 25 anos no Grupo RBS e, desde 2013, assina a coluna Campo e Lavoura, em Zero Hora. Faz também comentários diários na Rádio Gaúcha e na RBS TV.

Do outro lado do mundo
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Quais são as conquistas vindas do Japão para o agronegócio gaúcho

Comitiva do governo federal está no país asiático até quinta-feira (27)

Gisele Loeblein

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Ricardo Stuckert / PR/ Divulgação
O presidente Lula e sua comitiva em reunião com empresários do setor de exportação de carne.

A regionalização do certificado sanitário internacional e a vinda de uma missão são duas medidas importantes a serem trazidas na bagagem da comitiva oficial do Brasil que está no Japão. Uma concretiza solicitação feita pela indústria de frango do Brasil. A outra alimenta a perspectiva de abrir as portas do mercado nipônico à carne bovina. Ambas têm grande relevância para a indústria de proteína animal.

No caso do frango, a regionalização para influenza aviária por município permite que, na prática, não haja a necessidade de suspender as exportações de forma abrangente em eventual caso da enfermidade. Ou seja, as restrições ficam limitadas aos municípios onde houver focos, não mais a todo o Estado.

— É muito importante, porque o Japão reconhece a eficácia do sistema sanitário brasileiro e a responsabilidade que viemos mostrando nas nossas medidas preventivas, corretivas. Para nós, é um reconhecimento do sistema de defesa sanitária — avalia José Eduardo dos Santos, presidente da Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav).

O dirigente acrescenta que a expectativa é de que a medida sirva de exemplo para outros países. O Brasil é hoje o maior exportador de frango do mundo. E o Japão, em 2024, foi o terceiro maior comprador, conforme dados da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), com volume de 443,2 mil toneladas.

— Essa conquista é histórica, e racionaliza as medidas de comércio de carne de frango do Brasil para o Japão em eventuais situações sanitárias — reforçou o presidente da ABPA, Ricardo Santin. 

A confirmação veio no encontro do ministro da Agricultura, Florestas e Pesca do Japão, Taku Eto, com o titular da Agricultura do Brasil, Carlos Fávaro.

Missão à vista

Houve ainda a sinalização da vinda de técnicos japoneses para inspeção do sistema brasileiro. Data ou local precisam ser definidos, mas a promessa é de que será "o mais rápido possível", conta o secretário de Relações Internacionais, Luís Rua. Essa etapa é considerada crucial para a abertura do Japão à carne bovina e à ampliação da suína, hoje restrita à Santa Catarina.

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