A jornalista Carolina Pastl colabora com a colunista Gisele Loeblein, titular deste espaço.
Trazidas do Paraná, centenas de caixas de abelhas começaram a ser entregues nesta semana ao Rio Grande do Sul. Mais do que doações de colegas de profissão, chegam aos apicultores gaúchos como uma oportunidade de recomeço, depois da enchente. Além da produção de mel, a Federação Apícola do Rio Grande do Sul (Fargs) estima uma redução de 35% no tamanho dos enxames pelo excesso de chuva.
Ao todo, 270 caixas já foram doadas pelo grupo de produtores do Paraná. Outras 300 caixas já estão sendo preparadas, com o mesmo destino.
Patric Lüderitz, vice-presidente da Fargs, que está recebendo as doações e repassando aos apicultores, agradeceu a corrente solidária.
— Uns perderam caixas e enxames, outros perderam casas. Infelizmente, outros perderam a vida. Essa é a situação do setor que está tentando se levantar desde maio, ainda sem recursos dos governos — disse o dirigente.
A recuperação, até agora, está sendo feita com doações e por recursos próprios da federação. No Parque Apícola de Taquari, há também um trabalho de multiplicação de princesas (abelhas rainhas não fecundadas) para distribuir aos produtores que ainda têm abelhas e ajudar na recuperação do tamanho dos enxames.
Além da mobilização de produtores do Paraná e do trabalho de recebimento da Fargs, a Secretaria Estadual da Agricultura colocou caminhões à disposição e está fazendo a logística de transporte de um Estado ao outro. Já a Emater está fazendo a identificação dos produtores rurais a serem beneficiados e ajuda na distribuição das caixas.